Foto: George Vale
sexta-feira, 23 de abril de 2010
Hoje tem Recital sim senhor!
Foto: George Vale
segunda-feira, 12 de abril de 2010
Destaque de Domingo
FERREIRA DA GAZETA Pingo de gente. É como eu trato carinhosamente essa figura carismática, que conquista a gente à primeira vista e se chama Flávia Maiara |
Lima Fagundes. Mossoroense, integra a família com os pais, casal Flávio Hélio Fagundes e Waldirene Lima da Silva, mais a irmã Fernanda Mayria. Integrante da Igreja Batista, sempre fez parte dos grupos de artes infantil ou juvenil que as congregações religiosas costumam formar, visando tanto a formação artística dos que possuem talento, como a animação e convivência dos seus componentes. Flávia Maiara sempre se destacou no canto, pois, de princípio, destacava-se interpretando os louvores ao Senhor, adotados pela sua igreja. Falando em interpretação, ela sempre associou a música à interpretação cênica, no que sempre se saía muito bem nas festinhas e apresentações nos colégios nos quais estudou. E foi no ano de 2006 que ela participou como atriz e cantora, integrando o grupo de teatro do Colégio Pequeno Príncipe, do qual era aluna. Como toda soprano, tem voz aguda e afinadíssima, motivo de sempre ter lugar destacado onde se tenha alguma apresentação que exija esse requisito.
AS MUDANÇAS - Flávia Maiara, apesar de não ter músicos no restante dos familiares, é neta do famoso boêmio Vicente Lima, que executa como mestre instrumentos como cavaquinho e bandolim, apesar de hoje se encontrar convalescendo de uma enfermidade que o prostrou no leito. Ela sente prazer em ensinar. Tem esse dom. E, como voluntária, sempre cumpriu essa tarefa com os colegas de escola e com os seus irmãos de fé. Fez vestibular para Enfermagem e depois para Ciências Biológicas, pois se achava com tendência para servir na área da saúde. Não conseguiu vaga. Entrou para o Conservatório de Música Dalva Stella Nogueira Freire, da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN). No momento de escolher o instrumento, optou pela flauta, pois a considerava a mais adequada para o sexo feminino. E não é que a danada estudou a flauta com afinco, a ponto de hoje ser uma das melhores no gênero. Nem terminou ainda o conservatório e já passou no vestibular de bacharelando em Música, no ano de 2008. Ainda quando praticava o instrumento, participou do Quarteto de Flautas do conservatório. É integrante do naipe de sopranos do Coral Josafá Inácio da Costa, também do Conservatório da Uern, do qual faço parte como tenor. Participa, como cantora, em cerimônias como casamentos, convidada pelo regente e músico Gideão Lima. Já atuou no Auto da Liberdade, em 2006, no Chuva de Bala no País de Mossoró, em 2009. Quando na Academia Clézia Barreto, participou dos espetáculos Memórias de um Fantasma, onde havia dança e canto e ela fazia a dança do ventre; como atriz em Tapete Vermelho; e Um Sonho de Natal, atuando e cantando, todos no palco do Teatro Municipal Dix-huit Rosado. Faz as apresentações semestrais do conservatório e do coral nos finais de ano, inclusive viajando com este, quando necessário se faz. Em 2009, como flautista no projeto Harmonia Jovem, também no Dix-huit Rosado. E ainda do Festival Internacional de Jazz, em Natal. Festival Música na Ibiapaba em 2007 e 2009, este último estivemos juntos na viagem e dividimos o alojamento, quando eu conheci melhor essa pequena criatura que passa facilmente no gogó de uma garrafa, de tão magra, mas que é um gigante em matéria de arte, amizade, integridade, solidariedade e mais um punhado de coisas positivas.
O TEATRO - Eu já mencionei que ela gosta de teatro? Ah! Já. Pois foi essa faceta que a levou a integrar, ainda em 2005, a Cia. Pão Doce de Teatro, uma troupe que vem cada vez mais se destacando nos palcos da arte cênica. Também pudera! O elenco é de primeira, começando pela multifacetada Flávia Maiara, que dança, canta, atua e toca. Falar em tocar, fiquei espantado quando a vi tocando pandeiro na tela da TCM, programa Entre no Clima. E foi no ano de 2005 que foi encenado o espetáculo Eu Chovo, Tu Choves, Ele Chove. Depois veio o texto da peça Aurora da Minha Vida no espetáculo Meus Bons Tempos, que tanto sucesso fez em 2007 e 2008 em Mossoró e Natal. Em 2009, sucesso com o recital Os Menestréis de Oswaldo, trazendo uma coletânea de sucessos do compositor Oswaldo Montenegro, apresentado no Cafezal, do Memorial da Resistência, dentro do projeto Corredor Cultural. E, para este 2010, a Cia. Pão Doce de Teatro traz outro musical encenado, que teve o seu lançamento na última sexta-feira, 09/04/2010, no Cafezal, também dentro do Corredor Cultural, intitulado Os Amores de Cora e Chico, numa mistura dos textos da poeta mineira Cora Coralina e o poeta, compositor e cantor Chico Cezar, da paraibana Catolé do Rocha. Com canto, declamação, dança e encenação, o espetáculo traz a direção de Lígia, coordenação do meu amigo Chico Windows, com roteiro de Romero, que também atua, canta e toca, Flávia Maiara. Mônica Danuta, Paulo André, Fabrícia Alves, Everton, Gustavo Sena, Mikael Couto, Laiana, e Bianca. E se repetirá por todas as sextas-feiras deste abril. Desejo sucesso. É, com Flávia Maiara dentro, não pode ser de outro jeito.
Matéria do Jornal Gazeta do Oeste - http://www.gazetadooeste.com.br/expressão1.php