segunda-feira, 5 de maio de 2014

Multiplicidade Teatral

Cia Pão Doce de Teatro:
                                                                                    
A Casatória c'a Defunta
Praça Cicero Dias
27 de Março de 2014, Mossoró-RN
             

É no teatro de rua que os atores utilizam os espaços públicos abertos para 
demonstrarem sua diversidade de praticas teatrais, compondo um novo cenário
 urbano e tudo que nele esta contido, transformando a cidade
 em um espaço de encenação.
Cia Pão Doce de Teatro:
 A Casatória c'a Defunta
Praça Memorial da Resistência
27 de Abril de 2014, Mossoró-RN


A influência de EUGÊNIO BARBA (Um autor italiano,
 pesquisador e diretor de teatro.) marcou profundamente os 
grupos que fazem teatro de rua.

"Barba vê o terceiro teatro como pequenas minorias de gente jovem que procuram uma identidade e um próprio modo de expressar; sendo econômica, cultural, política e socialmente descriminadas. Barba acredita que este movimento divergente é uma das potencias culturais teatrais da sociedade, representando a possibilidade para um determinado segmento de uma geração socializar suas necessidades em uma sociedade golpeada pelo desemprego e degradação de valores" (Taviani apu BARBA, 1991 p. 239) 



O teatro brasileiro de rua, tem a marca do grande AMIR HADDAD ( ator, diretor de teatro e teatrólogo brasileiro, um dos criadores do Teatro Oficina)



Com microfone na mão, Amir Haddad coordena uma trupe de atores pelas ruas e praças.

"O ator tem que ser cidadão, ter opinião e participar do mundo"
(Amir Haddad)





Quais as maiores dificuldades encontradas pelo artista de rua?
Primeiro de tudo é a necessidade de um desmonte ideológico na sua postura como artista em relação ao cidadão. É preciso entrar em contato com a cidade em que você vive. Isso parece simples, mas se você pensar nos artistas, eles não entram em contato com nada. Vivem isolados em guetos. E não há contato nenhum com o exterior. Quando você vai pra rua, precisa desmontar sua couraça ideológica. Nós somos encouraçados ideológicos! A ideologia nos constrói, nos amassa e nos faz crer que somos aquilo que ela diz que nós somos. Não! Somos filhos da história e não da ideologia! Fazer um ator entender isso demora muito, mas depois é gratificante. Você trabalha no espaço aberto, não tem fronteiras, não tem quarta parede ou imposições de qualquer tipo. O ator fica a mercê dele mesmo. Por isso, ele tem que ser cidadão, ter opinião e participar do mundo.


Como é a resposta do público?


É quando você tem certeza que está no caminho certo. A resposta da população é fantástica porque ela conhece, se reconhece, cresce, estimula e agradece. Eles se sentem beneficiados com um produto que é direito de qualquer ser humano – apesar de ser sistematicamente retirado dele. Então o apoio é muito grande e isto é o muito gratificante.

Entrevista recente para o Globo Teatro.
http://redeglobo.globo.com/globoteatro/boca-de-cena/noticia/2014/03/o-ator-tem-que-ser-cidadao-ter-opiniao-e-participar-do-mundo.html





#LigiaKiss
















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